Parlamentares e representantes de entidades sindicais e movimentos sociais se reuniram, nesta terça-feira (22), na Câmara dos Deputados, em Brasília, para definir um calendário de mobilização contra a reforma da Previdência (PEC 287/2016).
O senador Paulo Paim (PT-RS) acredita que mesmo com o desânimo da população com a atual conjuntura da política, as pessoas têm que ter esperança e buscar por mudanças.
“Nesse momento, a avaliação que eu faço é de que precisamos ter iniciativas, dar uma injeção de ânimo para o nosso povo e retomar velhos encartes, além de realizar encontros estaduais, reunindo todos os movimentos sociais. Temos que mostrar para a população que é possível derrotar esse governo ‘sujo’ que está aí no poder destruindo e retirando direitos do povo trabalhador “, disse Paim.
O senador sugeriu às centrais sindicais para que se organizem e realizem encontros regionais durante o mês de setembro. “O povo precisa de esperança e luz. A CPI da Previdência tem apontado o caminho. Temos que acreditar na força da mobilização popular para lutar contra essa reforma da Previdência”, argumentou.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) se mostrou preocupada com o futuro do país em relação às medidas do governo federal. “Cada dia tem apresentado demonstração de que nada é tão ruim para a democracia que não possa piorar. Estamos vendo o país caindo para o abismo. Esse quadro é muito preocupante”, disse.
O ex-presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Vilson Romero, destacou o papel da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência Social. “É importante a atuação da CPI para construção de um relatório comprovando que a Previdência não tem déficit e sim um ralo enorme. Temos que deixar claro para os parlamentares de que se não votarem contra a reforma da Previdência eles não voltarão ao poder”, afirmou.
Também participaram da reunião o senador Paulo Rocha (PT-PA), o deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), o deputado Arnaldo Faria de Sá (PT-SP), a deputada Érika Kokay (PT-DF) e representantes da Anamatra, Contag, CUT Nacional, Sindifisco Nacional, NCST, Anfip, DIAP, Fasubra, CNTE, Nova Central, Sinait, OAB, FENAJUD, CMB, CONTRATUH, SindFazenda e IAPE.
A Frente Parlamentar Mista em defesa da Previdência já conta com 96 entidades.
Grande Ato Político
Os parlamentares sugeriram o dia 14 de setembro para realização de um grande Ato Político em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde será realizado a primeira audiência pública da CPI da Previdência fora de Brasília. É fundamental que as centrais, sindicais e movimentos sociais se organizem e intensifiquem a mobilização contra a reforma da Previdência.